“Faça seu semelhante
sentir-se necessário”
PDG ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI
O
PIP João Fernando Sobral, nosso Presidente Internacional 1976/1977, foi um dos
que deram uma dimensão muito grande ao nosso movimento. Ficou muito famosa uma das suas frases: “Faça
seu semelhante sentir-se necessário”.
É o que devemos procurar fazer em nossos Clubes e nas comunidades.
A
meta do leonismo é servir. Servir em todas as circunstâncias e em todos
os lugares. Servir em todas as horas e a
todas as pessoas. Servir, enfim, pelo
ideal altruísta de servir.
Nosso
envolvimento nos faz sentir que o leonismo não é uma
religião ou uma doutrina política; tampouco é um movimento
sociológico. O leonismo
é uma filosofia moral consubstanciada na feliz síntese do seu Código de Ética,
dos seus Propositos, dos princípios ético-filosóficos
de atualidade e permanência, próprios das obras e conceitos perenes. Por serem perenes, são atuais. E por serem atuais, acompanham a velocidade
do mundo moderno, com todas as suas transformações vertiginosas, com todas as
suas convulsões sociais e as implicações das suas transformações.
Todos
nós, Leões e Domadoras, somos iguais. No
conceito moderno de leonismo não se procura saber
quem está acima de quem, e sim quem está ao lado de quem.
O movimento
leonistico espalha-se pelo mundo, comunicando aos
seus integrantes um dinamismo que se revela em milhares de atividades e no
companheirismo que supera os desníveis de cultura, as diferenças de raça e de
cor, as distâncias e os óbices postos pelos mais diversos credos e ideias
políticas.
O leonismo se sobrepõe a tudo e a todos, criando e fomentando
um espírito de generosa consideração entre os povos da terra e unindo as
pessoas pelos laços da amizade e do companheirismo. Pregamos alto e bom som que a guerra nos
engana e que o ódio nada acrescenta à exaltação da corrida. Num esforço conjugado anunciamos às pessoas
que para se libertarem basta que tomem consciência de que um fio comum nos liga
uns aos outros.
Leonismo é a aceitação e vivência de ideais que empolgam a nossa
mente, mas cuja prática freia muitas aspirações de afirmação pessoal. Leonismo é ser e não
parecer apenas, pois leva a pessoa a ser autentica: autentica no pensar; autentica no falar;
autentica no agir; autentica na profissão e na fé.
Lions
é associação, mas leonismo é a alma do Lions, é a sua
filosofia de vida que anima e norteia o Leão no seu envolvimento em busca dos
seus ideais, ideais que constituem parte, pelo menos, da sua vocação
humana: promover os princípios éticos, o
bem-estar da coletividade e o congraçamento universal.
O
trabalho desinteressado pelo próximo purifica a nossa mente e contribui para o
bem-estar do nosso corpo e da nossa alma.
Lembremo-nos
sempre daquelas palavras de Melvin Jones, quando respondia a uma indagação da
sua esposa Rose, advertindo-o que ele estava se matando pelos outros, sem que
tivesse qualquer retribuição para isso.
Sua resposta foi magistral e profundamente humana: “Estou descobrindo que ninguém avança na vida
se não começa a fazer alguma coisa pelo próximo”.
Encerrando,
deixamos com vocês um pensamento bíblico em que se diz que “nossa vida foi uma boa vida se conseguirmos germinar dois talos de
grama onde antes só crescia um”.
Que
Jesus proteja a todos e que sejamos felizes em nossa caminhada leonística.
Participei
recentemente, como convidado, da assembléia ordinária
de um Lions Clube onde tenho ligações fraternais.
Durante o evento, minha atenção foi
despertada para a manifestação de um Companheiro Leão recém admitido em nosso
movimento. Aceitando convite formulado,
ele foi encarregado da instrução leonística da
noite. Falou exatamente sobre ela e da
sua importância.
O que avivou minha atenção não foi
propriamente a mensagem daquele jovem Companheiro, por sinal muito bonita, mas
a coragem leonistica que ele demonstrou com toda
plenitude. Comentou as dificuldades que
encontrou e ainda está encontrando para seu absoluto enquadramento em nosso
movimento, ocasionadas, especialmente, pelo alheamento do seu padrinho na sua
orientação específica e necessária. E
falou olhando para o próprio padrinho, com uma segurança que impressionou a
todos.
As considerações que aquele jovem
Companheiro apresentou para os participantes da assembléia,
sinceras, muito bem pensadas e concatenadas, pois emanadas do seu íntimo,
refletem uma situação real e nos coloca à frente de uma questão que está
merecendo a atenção de todos aqueles que se preocupam com o futuro do leonismo, ou seja, a responsabilidade do padrinho.
O Clube precisa da admissão de novos
associados, objetivando seu constante fortalecimento e a necessária
revitalização do
movimento. Só que as
admissões, necessárias, precisam ser robustecidas pelas qualidades e condições
das pessoas que são aprovadas e convidadas para engajamento. Aí reside um dos fatores que contribui
decisivamente para o sucesso ou fracasso das atividades de cada novo
associado: a escolha e a responsabilidade
do padrinho.
Sempre que um novo associado é
admitido, o Leão padrinho também tem suas responsabilidades redobradas (“Você cumprirá com suas obrigações para com
o nosso novo associado? – indaga o juramento do padrinho, que muitas vezes
é obolido pelos Clubes na solenidade de posse).
As obrigações do padrinho não se
limitam simplesmente a preencher um formulário e enviá-lo ao Presidente da
Comissão de Associados. Ele tem
responsabilidades adicionais, entre as quais, em resumo, destacam-se: “Lembrar
aos dirigentes para que ofereçam incumbências que possibilitem ao novo
associado tornar-se um Leão ativo e interessado”; “Pedir uma reunião de orientação sobre o leonismo”; “Instruir
o novo associado acerca do Estatuto do Clube”;
“Responder a quaisquer perguntas que ele possa fazer sobre o
funcionamento do Clube ou sobre qualquer assunto leonístico”; “Incentivá-lo para que não hesite em
informá-lo sobre qualquer problema que tiver”;
“Orientá-lo durante o primeiro ano da sua carreira leonística”.
Como se nota, não basta apenas
indicar um novo associado! Não basta ser
padrinho! É preciso participar! É preciso, antes e acima de tudo, saber
porque é padrinho e assumir as atribuições inerentes a essa importante e
indispensável atividade leonística.