O mar
olha-me dia e noite nos abandonamos
Às
vezes, somente por alguns instantes
Assiste
minha solidão e ao trabalho
A lua
vai subindo em nossa frente
Quando
se apresenta nitidamente redonda
Parece
concentrar os olhos sobre mim
Em cada banco
de pedra há mais de um
Casal de
namorados. Nunca vivi assim
Fui
diferente; fui sempre sobressalente
Em tudo.
O que todos tiveram não tive
Às vezes
penso ter vindo por engano.
O
material usado para me fabricarem,
Lá no
infinito, estava destinado a
Realizar
folhas de árvores ou ... água.
Por que
vieste se nada sentes; me
Habituaria
a pensar em ti no silêncio.
Já eras
uma fábula. Não ouves o
Que
digo. Desconversas sempre.
Quase
nada sei de ti e nada
Queres
saber de mim.
Sequei
como a árvore no campo
O pouco
de verde aparenta
Vida.
Meus amigos mortos, mais
Vivos e
mais estimados.
Só eles
me darão vida ...
Estão
colocados em minha
De
infância – nuvens brancas
Desfilando:
cidades
Se
movendo. Vou sobrando nada mais
Existe.
Assim
sem alicerce vou afundando
No
vácuo.